A sociologia pode ser considerada uma ciência?

>> 30/01/2011



Auguste Comte, o fundador do positivismo
Nos últimos anos, inúmeras têm sido as críticas à elaboração do conhecimento próprio das ciências humanas dentro da própria universidade. Também a imprensa - que veicula informações transmitidas pelas pesquisas de avaliação da produção acadêmica -, aponta o tempo demasiadamente longo que se leva para produzir resultados nos trabalhos realizados no campo das humanidades.

Todas essas críticas, que tomam como base os critérios de produção do conhecimento das ciências naturais, têm contribuído para que permaneça a questão sobre se as ciências sociais pertencem de fato ao ramo científico.

Parâmetros diferentes
O saber produzido pelas ciências humanas não corresponde a um saber científico, pois não atende aos requisitos delineados por uma específica visão de ciência, difundida a partir do século 19, feita sobre as características do conhecimento produzido pelas ciências naturais.

Todo o conhecimento que não atenda ao rigor do cálculo, à previsibilidade, à demonstração, aos métodos e técnicas de pesquisa baseados em processos quantitativos e de observação não são considerados científicos.

A definição de Comte
Subjaz a essa concepção, a idéia de ciência social que Augusto Comte defendia no século 19, de que a ciência da sociedade "apresente resultados indubitáveis e exprima verdades tão incontestáveis como as da matemática e da astronomia. É preciso também que a natureza dessas verdades seja de um certo tipo, (....) que partindo de leis mais gerais, das leis fundamentais da evolução humana, descubra um determinismo global."

Para Comte, "só há sociedade à medida que seus membros têm as mesmas crenças". Em Comte há, portanto, um determinismo global que deve ser buscado pela Sociologia, um determinismo que tem raízes na leis da evolução humana.

Vale ressaltar que a elaboração do conhecimento nas ciências humanas tem sua forma própria de constituir esse saber científico, baseada nas características dos seus objetos de estudo. É, portanto, um método muito diferente daquele praticado pelas ciências naturais.

Utilidade imediata
A discussão mais recente no mundo universitário diz respeito a uma produção acadêmica que atenda às demandas do mercado. A idéia é que a produção científica tenha utilidade imediata e que seja determinada externamente.

Com isso, questiona-se para que servem as ciências humanas, em especial as sociais, nesse contexto. Quando indagamos sobre a utilizade de um campo do conhecimento, já se incorporou a noção de que todo saber deve ter uma utilidade prática e de aplicação imediata.

Democratização das competências
Além da difusão de uma determinada concepção de ciência mediada pela lógica do mercado, conta o fato de que vivemos um tempo da banalização do conhecimento científico na área das humanidades, principalmente das ciências sociais. Todos sabem opinar sobre os objetos de estudo das diferentes áreas que compõem as ciências sociais.

Essa vulgarização foi alimentada pela "democratização das competências". Trata-se de uma discussão de que todos têm competência para discutir sobre política e sobre problemas sociais, pois esses temas fazem parte da realidade em que todos vivem.

Tais opiniões acerca dos problemas sociais e políticos trazem à tona um conhecimento superficial dessa realidade, em geral veiculado pela imprensa sem qualquer cuidado e reproduzido pelo imaginário social.

O que faz o cientista social
Todos podem falar dos problemas sociais que vivenciam. E devem fazê-lo, porque o aprofundamento dessas questões cresce com a discussão. Isso é necessário, mas não suficiente.

É preciso ter conhecimento teórico para formular análises das relações sociais, para analisar os discursos acerca da realidade social, compreendê-los e interpretá-los à luz de todo conhecimento já produzido a esse respeito. É exatamente isso que faz o cientista social.

*Celina Fernandes Gonçalves Bruniera é mestre em sociologia da educação pela Universidade de São Paulo e assessora educacional.

Postado por Instrutor-social.blogspot.com com apoio e colaboração do site http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u6.jhtm em 29 de janeiro de 2011.

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O Trabalho do Sociólogo

>> 24/01/2011



O campo de trabalho do engenheiro civil é a obra, é a construção. O campo de trabalho do professor é a sala de aula; o do médico é o consultório, ambulatório, hospital; o do cantor é o palco; o do artista plástico é o atelier; enfim, cada profissional resume o seu tempo de efetivo trabalho às horas em que está desempenhando as funções inerentes à sua formação.

E o Sociólogo? Onde está o seu campo de trabalho?...

Ora, desde que acorda, o Sociólogo entra em contato com o seu campo de trabalho e ao mirar-se no espelho vê um dos seus objetos de pesquisa. O Sociólogo é o pesquisador que, ao mesmo tempo, é o seu próprio objeto de pesquisa: eis o diferencial que faz do Sociólogo o profissional que não distingue o seu efetivo labor dos diversos papéis que o Ser Humano representa no seu dia-a-dia como ator social. Enquanto chefe de família, no seio do seu lar, o(a) Sociólogo(a) exerce as suas funções como um profissional de fato. Durante um rito religioso, o(a) Sociólogo(a) não é um fiel como os demais, pois o seu olhar tem um veio fatídico. Na prática do esporte, o(a) Sociólogo(a) busca em si e no outro o porquê da repetição daquele erro ou acerto. Na empresa para a qual presta consultoria, o(a) Sociólogo(a) não se limita a analisar situações a partir do que lhe foi solicitado, pois, apesar de não ser percebido, o seu olhar é crítico e percorre os ambientes a 360 graus, identificando seres inanimados, mas, principalmente, procurando pessoas, seus gestos, movimentos, suas falas, interrelações, sua cultura.

O profissional das Ciências Sociais (Antropólogo, Cientista Político, Sociólogo) é um produtor incessante de argumentos (dialéticos, compreensivos ou analíticos) resultantes da observação dos efeitos dos conflitos, ações e fatos sociais. Para ilustrar, basta lembrar que, num simples diálogo ocorrido na esquina, no restaurante, no mercado, na igreja, na praia, na escola, em casa ou no trabalho, a(o) Socióloga(o) modifica a realidade da pessoa com quem ela(e) conversa. O discurso positivo enleva o ouvinte na medida em que conjuga atitudes que valorizam a coletividade local e incentivam a troca de conhecimentos. Portanto, o Sociólogo produz a todo momento, desde que se pronuncie de forma justa e ética.

Imagine, agora, uma grande área de relva tenra (grama nova), pontilhado de arvoredos e cortado sinuosamente por um rio de águas límpidas, sobre o qual se vê uma pequena ponte romana que dá acesso a uma singela, porém bonita casa. Mas algo está errado nesse lugar... não se vêem pessoas. A sua curiosidade sociológica dirige seu olhar para aquela casa, ao longe, querendo revelar como vivem seus integrantes, como se relacionam entre si e com aquele ambiente.

Ah! Se a todo e qualquer lugar aonde vai o(a) Sociólogo(a), este(a) desempenha o seu papel como tal, durante 24 horas por dia, então é o mundo o campo de trabalho do(a) Sociólogo(a); e a vida humana, o seu objeto geral de pesquisa.

São as Teorias Sociológicas que nos permitem interpretar situações como a imaginada há pouco. Teorias Sociológicas nos ajudam a compreender melhor a sociedade em que vivemos e fornecem elementos para a nossa ação prática, que pode levar a mudanças sociais e ao nosso engajamento em movimentos políticos.

Para Karl Marx, economista e Sociólogo alemão, o objeto da sociologia é a luta de classe, em que uma minoria (burguesia) sobrepõe-se a uma maioria (proletariado).

Para Max Weber, Sociólogo alemão, o objeto da sociologia é a ação social, quando os indivíduos orientam-se através das ações dos demais atores sociais.

Para Èmile Durkheim, fundador da Escola de Sociologia francesa, o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais, ou seja, as regras impostas pela sociedade: leis, normas e costumes, que são passados de geração a geração.

Nos dias atuais, início do terceiro milênio, pesquisar o mercado, mídia e opinião; assessorar governos através de pesquisas sociais, meio-ambiente, processos excludentes, planejamento urbanístico, violência, política científica; assessorar sindicatos, trabalhadores rurais e ONG's por intermédio de intervenções sociais; dar suporte a partidos políticos e empresas, principalmente na parte de desenvolvimento social, relações de trabalho e mediação de conflitos constituem as principais oportunidades de trabalho para o Sociólogo. Mas o topo desta lista está sendo ocupado, em curva ascendente, pelo Licenciado em Sociologia, que pode lecionar nos cursos do ensino Médio e pelo Mestre ou Doutor em Ciências Sociais, habilitado para ministrar aulas e/ou coordenar cursos no ensino superior, além de realizar pesquisas de alto nível em universidades.

Sociólogo(a)s! Temos uma missão muitíssimo importante: dar manutenção à Sociedade, de forma que ela caminhe em ordem e em evolução constante.


José Augusto de Pinho Barbosa
Sociólogo

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O homem é um ser social.

>> 15/01/2011



Somos sociais não apenas porque dependemos de outros para viver, mas porque os outros influenciam na maneira como convivemos com nós mesmos e com aquilo que fazemos

O homem é um ser social, e o ambiente de trabalho é o local onde esse conceito é mais testado durante nossa vida adulta. Praticamente já não existem profissões exercidas isoladamente, como faziam os antigos artesões. A maioria das funções atualmente é executada por equipes. E, muitas vezes, haja paciência para tolerar a convivência dentro da empresa, que já foi definida como um campo minado, em que, a qualquer momento podemos pisar no lugar errado e detonar um sentimento até então escondido. A raiva, o ciúmes, as frustrações, o medo passam muito tempo escondidos antes de se mostrarem em sua plenitude destrutiva.

É também no grupo, por outro lado, que vive a afetividade, a capacidade de compartilhar sentimentos positivos, aprender e colaborar. É tudo uma questão de saber cutucar as moitas certas.

Pense um pouco em seu ambiente de trabalho, e faça uma pequena análise. Você perceberá que está relacionado de forma permanente com dois fenômenos: com o trabalho em si, e com as relações interpessoais. A ligação com a tarefa engloba a aptidão que você tem, se gosta ou não do que está fazendo, o resultado financeiro, o volume de trabalho e seu projeto pessoal de vida do qual este trabalho faz parte. Nas relações interpessoais entra a dependência funcional que as pessoas têm entre si e também a relação propriamente dita, o seu lado humano.

Pois bem, o resultado e a qualidade do trabalho que você faz dependem desses dois fatores, e ainda depende da interação entre ambos. Gostar do trabalho, mas viver em um ambiente ruim não é muito diferente de não ter aptidão para a tarefa apesar de estar entre amigos. A tendência em ambos os casos é não durar muito seu estoque de energia para trabalhar. A mediação entre esses dois fatores foi estudada pelo psicólogo social Kurt Lewin e foi chamada por ele de “campo de forças”. Nosso desempenho depende da interação dessas forças.

O ambiente é fundamental, inclusive porque a percepção do valor e da beleza do trabalho pode ser influenciada por ele. Somos sociais não apenas porque dependemos de outros para viver, mas porque os outros influenciam na maneira como convivemos conosco mesmos e com aquilo que fazemos. Complexo, não é mesmo?

Vem daí a importância dos substantivos “validação”, “colaboração”, “estímulo”, “feedback”, “mediação”, “tolerância”, “motivação”, “liderança”, que devem ser cada vez mais transformados em verbos e conjugados intensamente nos ambientes de trabalho.

Você trabalha em equipe quando todos os membros compartilham o objetivo comum, colaboram sinergicamente entre si e quando há qualidade nas relações interpessoais. Se faltar um desses três elementos não é uma equipe, apenas um grupo. Se faltarem os três estaremos diante de um simples bando.

O homem é um ser social por que é frágil demais para viver sozinho. No entanto, sua maior desgraça reside no fato de que ele ainda não aprendeu bem a viver em sociedade. Ainda está acordando para o fato de que conviver significa levar em consideração o semelhante com todas as suas características pessoais. Conviver significa compartilhar, repartir, confiar, tolerar, ajudar, entender.

Às vezes comparamos a empresa com uma família, que é um lugar onde as diferenças também existem, mas devem ser sempre menores que as ligações afetivas que só há na família. Já se disse que ter uma família é “ter em quem confiar e ter a quem ajudar”. Essa é uma bela definição de família e também de grupo social, pois não há quem possa dispensar a necessidade de confiar nos outros, e não há quem não possa ou não se sinta bem ao colaborar com seu companheiro.

Perfeito. O homem é um ser social, e o homem é um ser consciente. Quanto maior a consciência maior a qualidade do convívio social. E a consciência significa uma visão clara do mundo circundante complementado por uma análise lúcida de sua relação com esse mundo. Quanto maior a lucidez, maior e melhor sua relação com o semelhante, seja o irmão, o colega, o cliente, o estranho.

E não esqueça: ninguém nasce lúcido e ninguém compra lucidez no varejo. Lucidez se constrói com algum esforço através da educação. Aquela educação completa, a que é para a vida toda e que às vezes leva uma vida para se completar. Mãos à obra, que ainda dá tempo!

Texto de Eugenio Mussak "educador".

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As novelas das oito "nove" e a família brasileira!

>> 14/01/2011





“Quando nada mais nos assusta, nos incomoda, quando os nossos olhos já não tem mais a sensibilidade do discernimento e o banal se torna normal, não é o mundo que está perdido, somos nós que nos perdemos no mundo”. (Léo Cruz)

Desde quando a televisão passou a ser o meio de comunicação mais influente na sociedade, as famílias brasileiras dedicam parte de seu tempo para assistir a programas preferidos e no horário nobre, o Ibope mostra que a maioria acompanha, capítulo por capítulo, as novelas da Rede Globo.

Quem nunca assistiu a uma novela? Quem nunca se envolveu com cenas emocionantes? Quem nunca reproduziu algo criado pelas novelas, como uma frase de efeito, um costume ou uma tendência? O que seria da família brasileira sem essas novelas, ou melhor, como seria?

É comum ver nas novelas das oito a degradação do comportamento humano, os desvios escabrosos do mundo moderno em meio à liberdade de expressão. Na televisão, a disputa pela audiência faz das novelas das oito uma exposição licenciosa que agride a família brasileira.

É impressionante como essas novelas tem a capacidade de se superar no quesito destruição familiar. A fidelidade morreu, a traição é comum e excitante pela banalidade dos encontros fortuitos. A mulher é vista como um objeto e o homem, um negócio lucrativo. A leviandade marca os personagens, a maldade dá prazer, a devassidão parece apocalíptica, fria, insensível e desumana.

Usar um tema que gera cidadania, também recurso das tramas, nesse caso, parece pretexto. É o discurso batido de que as novelas retratam a realidade. A família brasileira não é isso. A traição não é de todos, não temos tempo para tramar intrigas e nem destruir os outros, o pobre nem sempre tem o café da manhã à mesa, ao contrário dos pobres da novela. Esses são alguns exemplos de que os fatos que se assemelham ao que vemos nas tramas globais são mera coincidência, não representam a realidade.

Todavia, as novelas fazem acreditar que a realidade é essa mesma, a que está lá, nos capítulos imperdíveis, porque martela nossas crenças, confunde nossos valores, deturpa nossos conceitos, transformando-nos em meros reprodutores de sua filosofia de estilo de vida livre. É a imposição do padrão de comportamento e aculturação da família brasileira. Como conseqüência, está a perda de valores morais e sociais, inclusive pelas gerações futuras.

Nessa cultura do pão e circo, é preferível que a família fique com o entretenimento e não veja assuntos que afetam diretamente as nossas vidas, como é o caso das propostas dos candidatos à presidência no debate da TV Band. Por isso, poucos percebem a sutileza da Globo ao mudar o jogo da Libertadores entre São Paulo e Internacional para o dia do debate. Quem tem interesse pelo analfabetismo político e por quê? Na disputa pela audiência, em que o futebol tem dez vezes mais a preferência do eleitor, manipular é tão fácil quanto tirar um doce de criança.

Minha idéia não é apontar soluções, pode ser que alguns até discordem de mim. Apenas proponho ao telespectador que, além de acompanhar as novelas globais, principalmente as do chamado horário nobre, estude-as também. Analise as mensagens, os conceitos transmitidos pelas personagens, os costumes que acabamos por reproduzir. Então, talvez tenhamos uma melhor compreensão do que é saudável às nossas famílias e até que ponto esse modelo de entretenimento que entra nos lares há décadas tem causado mais danos que simplesmente entreter.

Retirado de http://ponderador.blogspot.com/2010/08/as-novelas-das-oito-e-familia.html em 14 de janeiro de 2011.

Postado por Instrutor-social.blogspot.com.

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Menores criminosos devem ser julgados como adultos?

>> 18/12/2010


A redução da maioridade penal vai solucionar o problema da criminalidade?
De acordo com uma pesquisa encomendada pelo senado federal,
uma ampla maioria 87% da população é favorável a revisão dos critérios de maioridade penal.
No brasil a partir de 12 anos, o infrator pode ser culpado de crime, mas, dos 12 aos 18 anos,
o acusado cumpre pena em instituições para adolescentes.
A pena máxima é de três anos de internação, de acordo com o ECA (Estatuto de criança e adolescente).
Em Abril/2007 a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado
aprovou a PEC (Proposta de emenda constitucional),
que altera o artigo 288 da Constituição Federal para reduzir a maioridade no Brasil,
atendendo a pedidos da população brasileira.
A PEC tem que ser aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados para virar lei.
Será que resolveremos o problema da criminalidade,
do menor abandonado pelo poder público,
e da sensação de insegurança?

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O PODER OCULTO DA MÍDIA


O PODER OCULTO DA MÍDIA


Pequenos Detalhes com grandes consequências

Um detalhe importante enquanto função da mídia contemporânea na deformação de mentes e intelectos: a dispersão da atenção e a infantilização. A mídia divide a programação em blocos de sete a onze minutos, separados por intervalos comerciais. Essa divisão do tempo condiciona o espectador a concentrar sua atenção durante os sete ou onze minutos e a desconcentrá-la durante a pausa publicitária.
A atenção e a concentração, a capacidade de abstração intelectual e o exercício do livre pensar foram destruídos. Enquanto isso, a mídia também infantiliza seu público, pois uma atitude declaradamente infantil é não suportar a distância temporal entre seu desejo e a satisfação deste: uma criança chora muito exatamente porque é intolerável para ela a espera para realizar seus desejos.
E, assim, a mídia vem com promessas de gratificação instantânea. Cria o desejo ao mesmo tempo que oferece seus produtos (através da publicidade e da programação) para satisfazê-los. Se um canal ou uma estação de rádio não atraem, gira-se o dial, troca-se de canal e logo se tem novamente desejos e produtos para satisfazê-los. Também a programação se volta a modelos já consagrados, ao que já sabe-se e gosta-se, e como temos a Cultura como lazer e entretenimento, a mídia satisfaz exatamente nossos desejos mais primitivos, por não exigir atenção, concentração, crítica ou reflexão.
Cultura cobra paciência, reflexão, concentração e espírito crítico, em outras palavras, maturidade. A mídia satizfaz por nada cobrar, a não ser que permaneçamos sempre infantis."

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Questão de pele

Ela surgiu para esconder as vergonhas, mas hoje em dia revela o íntimo de cada um. A roupa é o sinal instantâneo da auto-imagem que queremos exibir. E, na visão da grande dama da moda, ela pode ser uma arma poderosa e infalível:

“Vista-se mal, e notarão o vestido. Vista-se bem, e notarão a mulher.”

Mademoiselle Chanel revolucionou, não apenas porque libertou a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos do fim do século 19. Mas porque valorizou o senso crítico:

“O mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça”.

Se os tempos modernos desafiam nossas escolhas em nome da Sustentabilidade, invocar a genialidade de Coco Chanel pode ser norteador. Foi o que eu fiz quando recebi um presente, que chegou cheio de recomendações:

- Tenha muito cuidado, guarde-o em lugar fresco e escuro, e, se sujar, leve a um especialista. Esta pele pertenceu à sua avó. É um vison!

Vesti e imediatamente senti o poder de transformação do visual. A peça macia e felpuda de cor castanha tinha a pelagem espessa, brilhante e vistosa. Embora com mais de meio século, mantinha um design atemporal. Envolta na altura dos ombros, proporcionava uma sensação de conforto e proteção. Era a mais perfeita tradução do luxo, o acessório que permitia a metáfora: os diamantes estão para as orelhas, assim como a pele está para o corpo.

Chegou o dia de exibi-la. A noite do casamento estava mesmo fria em São Paulo, coisa rara nos últimos invernos. A festa era de gala, num endereço tradicional da cidade, o Jockey Clube. Escolhi um vestido de seda preto, me enrolei no vison e me perfumei, afinal, segundo nossa musa:

”Uma mulher sem perfume , não tem futuro!”

Mas a última olhada no espelho, em vez de glamour, revelava inquietação:

Eu sabia que o animal havia sido morto numa época em que não existia o risco de extinção da espécie. Tinha certeza de que ninguém iria me hostilizar na festa , pois grande parte das mulheres estaria ostentando a sua estola ou casaco de pele.

Possuía o aval da papisa da moda, Anna Wintour, editora da vogue americana, fã incondicional de peles e uma das responsáveis pela “fur mania” atual, um boom que não se via desde os anos 80.

Tinha, portanto, razões de sobra para usar o bicho, mas nenhuma tão contundente quanto a deixada pelo legado de Chanel :

“A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com ideias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.”

Não poderia ignorar que, se usasse o vison, vestiria a capa da indiferença diante de um mercado cruel e fútil, que não pára de crescer.

De acordo com a Peta (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais), a indústria da pele mata 50 milhões de animais por ano no mundo. Só na China, a produção atingiu números entre 20 e 25 milhões em 2010, ao passo que no ano 2000, oscilava entre 8 e 10 milhões de peles. A organização beneficente invade desfiles de moda e aterroriza as donas do acessório, jogando baldes de tinta para inutilizar a peça. É uma forma de protestar contra os maltratos dispensados aos bichos, que passam suas vidas confinados em minúsculas gaiolas.

Para a extração da pele, são eletrocutados, asfixiados, envenenados, afogados ou estrangulados. Nem todos morrem imediatamente, alguns são esfolados ainda vivos! Em alguns locais, para que as peles fiquem intactas, corta-se a língua do animal, deixando-o sangrar até morrer.

A voz da consciência soprou mais uma vez ao meu ouvido e ouvi o conselho da mestra das agulhas:

“Elegância é recusar.”

Abri mão da gostosa sensacão térmica da pele morta do vison e fui às bodas.

No salão ricamente enfeitado, a fauna mórbida desfilava à minha frente. Era uma profusão de visons, chinchilas, raposas, zibelinas, cabras e cordeiros. Bichos montados, pendurados, entrelaçados em mulheres superproduzidas. …e bem agasalhadas.

Toda concessão tem seu preço.

O ar gelado entrava pelas janelas e resfriava até a minha alma, obrigando-me a contorcer os músculos.

Mas toda renúncia, a sua recompensa.

O desconforto em pouco tempo desapareceu, quando me senti envolvida pelo calor dos braços de um certo alguém. Como dizia Gabrielle Coco Chanel:

“Uma mulher precisa de apenas duas coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame”

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Condenados ao consumo!

Oi, você vem sempre aqui?

-A cada 3 meses. E você?

- Sempre!

-Mas como ? Nunca te vi…

- É que chego e saio logo. Sempre tem alguém interessado em me levar pra casa.

-Pois é. Eu tive a mesma idéia. Você é incrível! Não consigo ficar só olhando.

-Então me leva daqui, vai! Te faço um desconto!

- O problema não é dinheiro. É que estou tentando controlar meus impulsos.

- Se você me deseja, é porque não está mais satisfeito com o que tem..

-Não posso me queixar. Mas voce é muita tentacão!

-Então não resista . Eu não vou te decepcionar. Sou mais atraente, aceito muitos tipos de programa, e posso te transportar para onde você nem imagina…

-Ai, meu Deus! Você venceu! Vamos. Eu me chamo Paulo . E você? ?

- Iphone 3gs 32gb . Sou da familia Apple. Meu pai se chama Steve Jobs e acabei de ganhar um irmão que é um sucesso também , o IPAD. Ele tem uma grande tela IPS de alta resolução retroiluminada por LED e com a tecnologia Multi-Touch incrivelmente ágil. Além de um chip extremamente poderoso. Tudo isso em uma estrutura bastante fina e leve !

Paulo se rendeu à paixão e engrossou as estatísticas dos 45 milhões de brasileiros que cedem aos apelos das facilidades tecnológicas e trocam de celular todo ano. Levou o Smartphone e aposentou seu Motorola .

Mas a solidão do aparelho no fundo da gaveta só durou 3 meses. O Iphone 3gs 32gb , motivo da traição, também fora trocado pelo irmão caçula, o iPad. Quem manda fazer propaganda?

Aos dois, agora inúteis e abandonados, só restavam os lixões ou aterros sanitários. Mal chegaram àquele lugar feio, fétido, famigerado e já ouviram:

-Saiam daqui! Está lotado. Não venham deixar seus rastros de contaminação no meu solo, poluindo os lençois freáticos. Já temos mais de 180 milhões de baterias de celular nos aterros do país, a maioria feitas de metais pesados e tóxicos como níquel, bromo e cádmio!! Isso sem falar nos outros 100 milhões de equipamentos eletrônicos que são desovados aqui todos os anos!!!

Desiludidos, voltaram para o fundo escuro da gaveta.

Na manhã seguinte, um restinho de bateria lhes garantiu a ousadia:

-Vamos atrás dos nossos direitos! Vamos ao Tribunal de Justiça Sustentável, dar entrada numa ação de indenização por danos materiais, morais e ambientais!

Dito e feito.

O consumidor Paulo foi citado e juntou aos autos a contestação. A defesa se baseava na liberdade de comprar . Direito adquirido com a Revoluçao Industrial , do século 18.

A audiência de instrução foi marcada e começou o embate jurídico, introduzido pelo Juiz :

- Consumidor Paulo, o senhor é acusado de comprar estes dois aparelhos eletrônicos , num prazo de apenas 3 meses, para obter as mesmas funções tecnológicas. Conduta pela qual deve responder civil e penalmente, nos termos do Código da Sustentabilidade: “O ser humano poderá consumir apenas para satisfazer necessidades básicas”.

-Mas a lei me garante o acesso irrestrito aos bens materiais, Excelência! Vivo na chamada “sociedade de consumo”, alimentada pela produção, baseada no descartável, no supérfluo. Comprar é uma obrigação, e consumir, uma necessidade. Tenho que acompanhar os lançamentos, porque minhas compras garantem crescimento do PIB, emprego e renda. Este é o modelo econômico.

-Este modelo está falido. Ele é predador e representa o esgotamento dos recursos naturais. Estamos em dívida com o planeta, precisamos preservá-lo e buscar uma relação de consumo equilibrada.

-”Data venia”, Meretíssimo, não fui eu que dei causa a essa degradação ambiental. Agora que tenho dinheiro, não posso ser privado de comprar. A gente trabalha pra quê?

-Para cultivar os prazeres do espírito! Todos terão que cooperar e aderir ao Consumo Consciente. As futuras gerações estão ameaçadas! É importante buscar um novo paradigma.

-Mas eu não saberei mudar depois de 40 anos inserido neste sistema!

-Sugiro que leia o livro “Gaia: Alerta final” do cientista James Lovelock. O senhor irá despertar para uma nova consciência, afastando-se desta visão antropocêntrica que valoriza o ter, em detrimento do ser. Profiro a seguinte sentença:

“Para fins de ressarcimento por danos morais, condeno-o a encaminhar os dois reclamantes aqui presentes ao posto de recicalgem mais próximo desta Comarca.

Mas Excelência, esta tarefa é do fabricante!

- A Política Nacional de Resíduos Sólidos impõe obrigações aos empresários, aos governos e aos cidadãos no gerenciamento dos resíduos. É a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

E continuou:

“A pena será convertida em serviço ambiental: plantar 100 árvores para compensar as emissões de CO2 pelo consumo extravagante.” Sem mais, a audiência está encerrada!

Paulo abriu mão do recurso e cumpriu a decisão judicial. Mas naquela mesma semana fora acometido por novos desejos implacáveis de consumo.

Atormentado pela culpa, foi à missa no domingo e confessou seu pecado:

-Seu padre, fui condenado pela Justiça Sustentável , já cumpri a pena, mas não consigo refrear meus impulsos consumistas. Já estou de olho num Smartphone que a Motorola vai lançar com a plataforma Android , do Google. Penso também no Storm, da Blackberry.

-Cuidado, meu filho. A Terra pode se vingar dos maltratos e nos condenar ao tão temido fogo do inferno aqui mesmo neste Planeta. O aquecimento global já é visível..

- Eu sei, eu sei, seu padre, vou tentar me conter. Prometo! Sua benção e piedade…

- O Senhor já o perdoou, meu filho. Vá em paz. E fuja das vitrines como o diabo foge da cruz: elas têm o mesmo poder de sedução de uma mulher! Se for inevitável passar em frente a uma loja, lembre-se das Escrituras sagradas: “Orai e vigiai, para que não entreis em tentação”!

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A mea culpa divina!

>> 14/12/2010

Seis mil anos depois de sua mais espetacular façanha, Deus desabafa com São Pedro:
- Estou profundamente arrependido de ter criado o Ser humano. Não imaginava que ele fosse me desapontar tanto…
- Quer que eu o destrua com a força das intempéries? Tu me concedeste poderes para isso…
- Não acho justo, Pedro, até porque parte da culpa é minha. Quando criei o Mundo e suas maravilhas, dei de mão beijada para a minha criatura, sem impor qualquer limite. Permiti que meu filho se achasse o centro do Universo, subjugando a tudo e a todos. Agi como um pai que mima demais a cria e acaba criando um mostro. Está tudo registrado em Gênesis 1:28:
“ Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”
E continuou:
-Eu deveria ter exigido um controle de natalidade. Este formigueiro humano que vemos daqui de cima, não pára de crescer. Daqui a menos de 40 anos, eles serão quase 9 bilhões. E vão precisar de mais um planeta, pois o “playground” chamado Terra estará saturado. O consumo dos recursos naturais ocorre em velocidade muito maior do que aquela com a qual a natureza consegue renová-los.

Em nome do livre arbítrio, permiti que a humanidade transformasse a Casa que doei num poço de degradação. Deveria ter estabelecido uma espécie de contrato de locação da Terra, como hoje sugere um dos meus filhos, Luís Fernando Veríssimo. No Juizo Final, eu teria o planeta de volta, como o criei naquela fatídica semana, ou todos os estragos feitos seriam contabilizados e cobrados!
Perdi as contas de quantas florestas foram extintas... e continuam desaparecendo: 200 quilômetros quadrados de mata por dia. Já nem sei mais quantas espécies sumiram, quantos mares, lagos e rios apodreceram ou secaram, quantas toneladas de lixo profanam a minha obra ....
Até o jardim do Éden, a minha mais perfeita relíquia natural, a primazia, foi tomado pelo cinza do concreto...
E esse filho desnaturado ainda argumenta que explorou minas, escavou crateras e ergueu termoelétricas para levantar lindas e douradas catedrais de adoração a mim....Não tem idéia do valor dos bens da Natureza!

- Ainda é hora de mudar o rumo dos acontecimentos, oh, Todo Poderoso! Deixe que eu acabe com esta raça, ao tempo em que o Senhor pensa em outra criatura pra por no lugar, disse Pedro.
-Mas há alguns exemplares da raça humana que merecem ser poupados, Pedro. Não posso me sentir ainda mais culpado pela morte dos inocentes.
- Entao, vamos reeditar o que está escrito em Gênesis 7:17:
“O dilúvio caiu sobre a terra durante quarenta dias. As águas incharam e levantaram a arca, que foi elevada acima da terra”
- Boa idéia! Mas a arca precisa ter espaço para pessoas comprometidas com as causas ambientais e sociais…os justos e retos de coração. Deixarei à seu critério o embarque dos escolhidos.
São Pedro utilizou as armas produzidas pelo próprio homem para por em prática o cataclisma moderno. Usou as 90 milhões de toneladas de carbono, lançados diariamente na atmosfera, para derreter as geleiras e calotas polares. O nível dos oceanos subiu e fez submergir as cidades costeiras. O aquecimento provocado por CO2 e metano aumentou a extensão dos desertos. Secas causticantes se abateram sobre extensas áreas. Tempestades e furacões devastaram outras. Tsunamis, ciclones, ondas de frio e de calor…
Mas o plano de exterminação de grande parte da humanidade fracassara.
- Deus, já usei todos os meu poderes, lacei toda a fúria das águas e do fogo sobre esse povo ingrato, mas não consigo dizimá-los. É uma praga que não pára de se reproduzir. Eles tem uma poderosa arma de sobrevivência chamada Tecnologia, capaz de criar maravilhas. Operam verdadeiros milagres!
- Pois é, Pedro, fui eu mesmo que o coroei com estes poderes. Está lá em Gênesis 1:27:
“ E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
E concluiu:
-Pedro, façamos diferente. Deixe que a própria Gaia se encarregue da vingança contra os humanos. Eu desisto. Vá para Marte e despeje muita água por lá. Leve também plumas de metano para sua atmosfera e inicie uma vida microbiana na superfície. É no Planeta Vermelho que vou refazer o meu plano de criação, onde cada habitante saberá de cor a Lei do inquilinato e o preço impagável da indenização pelos estragos!

Texto e imagens do G1.

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vídeo sobre as mulheres

>> 07/12/2010

http://www.youtube.com/watch?v=zU_z2QmwuhY&feature=fvst

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O surgimento do pensamento social

>> 01/03/2010



Através dos tempos, o homem pensou sobre si mesmo e sobre o universo. Contudo, foi apenas no século XVIII que uma confluência de eventos na Europa levou à emergência da sociologia. Quando os antigos sistemas feudais começaram a abrir caminho ao trabalho autônomo que promovia a indústria nas áreas urbanas e quando novas formas de governo começaram a desafiar o poder das monarquias, as instituições da sociedade - emprego e receita, planos de benefícios, comunidade, família e religião - foram alteradas para sempre. Como era de se esperar, as pessoas ficaram inquietas com a nova ordem que surgia e começaram a pensar mais sistematicamente sobre o que as mudanças significavam para o futuro.
O movimento intelectual resultante é denominado de Iluminismo ou Século das Luzes, pois a influência da religião, da tradição e do dogma no pensamento intelectual foi finalmente rompida. A ciência agora poderia surgir plenamente como uma maneira de pensar o mundo; já a física e, mais tarde, a biologia foi capaz de superar a perseguição realizada pelas elites religiosas e estabeleceram-se como um caminho para o conhecimento. Junto com o crescimento da influência da ciência, veio uma avalanche de conceitos sobre o universo social. Muitos desses conceitos, de caráter especulativo, avaliavam a natureza dos homens e as primeiras sociedades infiltradas pela complexidade do mundo moderno. Parte desses conceitos era moralista, mas não no sentido religioso. Com eles, o tipo adequado de sociedade e de relações entre indivíduos (uns com os outros e na sociedade) foi reavaliado com base nas mudanças econômicas e políticas ocorridas com o comércio e, em seguida, com a industrialização. Na Inglaterra, esse novo pensamento foi denominado de Era da Razão; e estudiosos, como Adam Smith (1776), que primeiramente articulou as leis da oferta e da procura na área de mercado, também avaliaram os efeitos, na sociedade, do rápido crescimento populacional, da especialização econômica em escala, da comunidade em declínio e dos sentimentos morais debilitados. Na França, um grupo de pensadores conhecido como filósofo das luzes também começou a expor uma visão do mundo social que defendia uma sociedade em que os indivíduos eram livres da autoridade política arbitrária e eram guiados por padrões morais combinados e pelo governo democrático.
Ainda outra influência por trás do surgimento da sociologia – a Revolução Francesa, de 1789 – acelerou o pensamento sistemático sobre o mundo social. A violência da revolução foi um choque para toda a Europa, pois, se tal violência e influência puderam derrubar o velho regime, o que houve para substituí-lo? Como a sociedade poderia ser reconstruída a fim de evitar tais eventos cataclísmicos? É nesse ponto, nas décadas finais do século XVIII e início do XIX, que a sociologia como uma disciplina autoconsciente foi planejada. Seu fundador, Augusto Comte que era professor de filosofia positiva, decide criar uma disciplina que desse conta do estudo da sociedade. Chamando-a inicialmente de física social e, em seguida de sociologia.


Exercícios

1) Quais eventos na Europa levaram a emergência da sociologia?
2) Fale sobre o Iluminismo?
3) Fale sobre a revolução Francesa?
4) Quem é considerado o pai da sociologia e como a sociologia era chamada inicialmente?

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O Nascimento da Filosofia

>> 07/02/2010


Antes do surgimento da filosofia, ciência que estuda a natureza de todas as coisas e suas relações entre si, tudo era explicado através de mitos, assim, a natureza era simplesmente considerada como algo divino. Partindo sempre do pressuposto de que “sempre existiu uma coisa”, os primeiros filósofos, insatisfeitos com as explicações mitológicas, começaram a questionar os valores comumente aceitos pela sociedade da época.

As primeiras idéias filosóficas nasceram nas colônias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), no final do século VII e início do século VI a.C. Entre os primeiros filósofos, podemos citar: Tales de Mileto (624 - 546 a.C.), Anaximandro (610 - 546 a.C.), Anaxímenes (585 - 528 a.C.) e Pitágoras (571 - 496 a.C.).

Os primeiros questionamentos feitos pelos filósofos se concentraram na real constituição do universo que os cercava. Essa busca pelo conhecimento racional da ordem do mundo e da natureza ficou conhecida como cosmologia, sendo, portanto, a primeira face da filosofia.

Existem duas teorias que explicam o porquê da filosofia ter nascido na Grécia. A primeira delas afirma que o aparecimento da filosofia se deu através de influências da sabedoria oriental, com a qual os gregos tiveram contato em suas viagens. A outra teoria diz que o povo grego foi tão excepcional, que foram capazes de criar a filosofia de forma espontânea e única. Na verdade, a filosofia possui grande influência da sabedoria oriental (egípcios, assírios, persas, etc.), no entanto, os gregos imprimiram mudanças de qualidade tão profundas nessas culturas, que foram apontados para alguns, como os criadores únicos da ciência.

Retirado de http://www.brasilescola.com/filosofia/nascimento-filosofia.htm

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As condições históricas que favoreceram o surgimento da Filosofia


No período mitológico havia diversas explicações sobre a origem de todas as coisas, porém, em um determinado momento tais explicações não mais conseguiram convencer as pessoas. A filosofia nasceu para desvendar as alterações e os fenômenos que aconteciam na natureza que a mitologia não mais conseguia explicar.

Apesar das contradições que a mitologia apresentava, a filosofia surgiu favorecida por condições históricas que ocorreram e ajudaram a desvendar as alterações que ocorriam. São elas:

Viagens marítimas: Por meio dessas os gregos descobriram que não existiam seres mitológicos e deuses em outras regiões, como propunha a mitologia. Tais regiões eram habitadas por outros seres humanos. Também puderam descobrir que os mares não eram habitados por monstros e outros seres.

Invenção do calendário: Por meio dessa invenção os gregos puderam calcular o tempo das estações do ano, determinando quando e como ocorriam as alterações no clima e do dia, percebendo que o tempo sofria modificações naturalmente e não por forças divinas.

Invenção da moeda: Por meio dessa invenção os gregos determinaram uma forma de realizar trocas abstratas e não mais troca por outras mercadorias.

Surgimento da vida urbana: Graças a tal surgimento os gregos puderam melhorar suas condições financeiras, diminuindo o prestígio centralizado em algumas famílias apenas, assim puderam buscar o prestígio pelo patrocínio e estímulo às artes e técnicas, tais fatos favoreceram o surgimento da Filosofia.

Invenção da escrita alfabética: Por meio dessa invenção os gregos puderam também ampliar sua capacidade de generalização, pois diferente de outras formas de escrita, a escrita alfabética é independente, podendo ser distribuída de forma a exprimir diferentes idéias.

Invenção da política: Por meio dessa invenção foi possível introduzir novos conhecimentos. A lei tornou-se coletiva, surgiu um espaço público próprio para os discursos e o estímulo para que todos os gregos pudessem discutir e transmitir suas idéias relacionadas à política.

Retirado de http://www.brasilescola.com/filosofia/condicoes-historicas-surgimento-filosofia.htm

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TRÊS SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS.

>> 09/01/2010











TRÊS SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS
Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim.

A Sociologia nasceu em meados do século XIX, em plena Revolução Industrial Europeia. ..
De várias formas, foi uma resposta a esse processo, à medida que os jornalistas da época registavam a exploração, pobreza, opressão e miséria da classe trabalhadora.
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Karl Marx não se considerava a si próprio um sociólogo, mas analisou a mudança social revolucionária e identificou como dinâmica mais importante dessa mudança o conflito entre os trabalhadores e os proprietários das fábricas. .
Dos seus escritos surge uma das três principais perspectivas da sociologia desenvolvida - a abordagem do conflito. Ele próprio não inventou o termo nem a perspectiva.
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Max Weber opôs-se à abordagem materialista de Marx e afirmou que o factor que conduziu à mudança social foi a mudança de ideias, valores e crenças que surgiu da reforma Calvinista ou Protestante.
Embora ele não tenha inventado o termo nem a abordagem, os escritos de Weber contribuiram para aquilo que é hoje a perspectiva da interacção simbólica.
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Também Émile Durkheim se opôs a Marx, embora de formas diferentes. Debruçou-se sobre a noção de "facto social" e sugeriu que esta se referia a taxas estatísticas de qualquer actividade e não à actividade pessoal de um indivíduo.
Ele argumentou que não se devem tentar explicar eventos sociais com base em eventos individuais, um método conhecido como reducionismo.
Embora ele não tenha inventado o termo nem a abordagem, os escritos de Durkheim contribuiram para aquilo que é hoje conhecido como funcionalismo.
Enquanto se levantavam enormes discussões nas ciências sociais entre os apoiantes destas três abordagens, a abordagem pós-moderna sugere que as três abordagens são válidas e que obteremos uma visão mais profunda da sociedade se usarmos as três em simultâneo.

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Violência Urbana e Outras Violências

>> 06/01/2010


Atualmente, a violência tornou-se a tônica de nosso cotidiano. Nunca se falou tanto em violência e em como combatê-la, e, infelizmente, a sensação de insegurança nunca foi tão premente: as pessoas mudam de itinerário, evitam sair à noite, colocam grades e alarmes em suas casas; os que podem, blindam seus automóveis. E, outro dado vem se somar a estes, esse medo deixou de ser “privilégio” dos moradores das grandes cidades e se espalhou também entre as cidades interioranas, antes vistas como oásis de tranqüilidade e segurança.
Atesta essa sensação de insegurança o ranking de violência elaborado pela empresa inglesa Control Risks, que em uma escala de 1 a 7, classificou as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo como nível 5 (crimes violentos acontecem em toda cidade, a qualquer hora e muitas áreas são extremamente perigosas e devem ser evitadas). [1]
Junto a esta violência urbana, caminham outras tantas violências: como aquela que se faz contra a mulher, a criança, o idoso, os homossexuais, os negros, os nordestinos. Todas elas tão ou mais graves que a violência urbana e que necessitam, igualmente, de combate. Porém, são todas formas de violências específicas que demandam medidas apropriadas para seu controle e erradicação.
É mister que o Poder Público se aperceba que diferentes formas de violência necessitam de políticas públicas que levem em consideração a especificidade de cada modalidade destes crimes para que seu combate seja efetivo.
Qualquer plano de combate à violência deve, necessariamente, conter diretrizes para solucionar esse problema em cada uma das suas particularidades. O fim da violência nas ruas só começa com o fim da violência dentro de casa, dentro da empresa, dentro da escola...

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O que é Sociologia? ...youtube...

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Brasil é o quarto emissor mundial de gases do efeito estufa

>> 29/03/2009

Brasil é o quarto emissor mundial de gases do efeito estufa
A Hora do Planeta, o manifesto que será realizado hoje (28) em 84 países do mundo, como alerta para os efeitos das mudanças climáticas, tem um significado especial para o Brasil, por deter as maiores áreas ainda preservadas de florestas tropicais do planeta, mas que aparece como o quarto maior emissor de carbono - o principal gás do efeito estufa.
A avaliação é da superintendente de Desenvolvimento Organizacional da organização não-governamental WWF, Regina Cavini, uma das organizadoras do evento, que incentiva o apagar de luzes, entre as 20h30 e as 21h30, de casas, prédios públicos e monumentos em todo o país.
“O Brasil é o quarto emissor de gases de efeito estufa no mundo e a principal causa da emissão no país é o desflorestamento e as queimadas na região Amazônica”, afirmou Regina. Segundo ela, ao contrário de outros países, o Brasil não tem sua matriz energética baseada em combustíveis fósseis, mas tem a queimada na Amazônia contribuindo para lançar toneladas de carbono na atmosfera.
A integrante do WWF disse que existem avanços na política brasileira para o meio ambiente, mas também previu enormes desafios nos próximos anos.
“O WWF vê que o governo brasileiro tem feito um esforço grande para controlar o desmatamento na Amazônia, mas isso não pode ser só um esforço do governo, tem o papel das empresas também e de toda a sociedade, de estarem contribuindo para esse resultado”, enfatizou.
A ambientalista reconheceu que eventos como a Hora do Planeta são insuficientes para levar a mudanças concretas, mas destacou que o movimento carrega um simbolismo importante para as populações de todas as partes do mundo.
“A Hora do Planeta é insuficiente, não vai dar conta do problema, mas é uma forma das pessoas mostrarem para os governos que a questão ambiental do aquecimento global é muito importante”, definiu.
Segundo ela, a verdadeira mudança só vai ocorrer a partir de cada indivíduo. “Temos que ser mais eficiente energeticamente, durante as escolhas de compra, optando por eletrodomésticos que utilizem menos energia e nos hábitos pessoais, usando menos água e separando o lixo. São pequenas coisas que a gente pode ir mudando e que, no final, se todos fizerem, representam um grande resultado.”

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